Justiça imanente - parte I

Os versos que se seguem são os primeiros de uma pequena história, que me deu imenso prazer a escrever. Olho para trás com saudade, ao recordar os instantes em que caminhava e delineava as peripécias seguintes...



Cedo sai o homem para o trabalho
Com o relógio às sete horas apontado
O automóvel molhado de orvalho
Esse fica onde está, não vai ser usado

Ele opta pelos transportes públicos agora
Trabalhar em Lisboa é uma aventura
Por lá, todo o dia ele se demora
Desde manhã cedo até noite escura

As suas folgas são aos fins-de-semana
Com a mulher e as duas crianças
A sua paciência por vezes abana
Ele é totalmente fechado a mudanças

Vive como os seus pais lhe ensinaram
Insere-se no antiquado panorama
Quer ser como eles, que tudo controlaram
Por enquanto ainda ninguém reclama

12.11.2009

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